Pesquisa Genial/Quaest de 2025 revela queda na aprovação do governo Lula


A pesquisa Genial/Quaest de 2025 revelou uma queda substancial na aprovação do governo Lula, um sinal de crescente descontentamento popular. No Nordeste, região fundamental para sua vitória em 2022, a aprovação caiu de 67% em dezembro para 60%, enquanto a desaprovação subiu de 32% para 37%. Em nível nacional, o cenário é ainda mais preocupante: a aprovação recuou de 52% para 47%, enquanto a rejeição aumentou de 45% para 49%. Esses dados marcam o maior índice de reprovação registrado desde o início da série histórica da pesquisa, superando pela primeira vez os números de aprovação.
Dois fatores principais explicam essa mudança de percepção. O primeiro é a alta contínua no preço dos alimentos, que tem pressionado o orçamento das famílias, especialmente as mais vulneráveis. O segundo ponto de insatisfação está relacionado às controversas medidas sobre a regulação do Pix, que geraram insegurança tanto para consumidores quanto para investidores, prejudicando a confiança no sistema financeiro digital. Embora a maior parte da aprovação ainda esteja concentrada no Nordeste (60%), a região, que foi decisiva nas últimas eleições, começa a apresentar sinais claros de descontentamento, o que é preocupante para o governo, que obteve 69,34% dos votos válidos no local.
A pesquisa, que ouviu 4,5 mil eleitores entre 23 e 26 de janeiro, expõe um governo que está perdendo apoio e parece cada vez mais desconectado das necessidades reais da população. A inflação tem pressionado as famílias, e as medidas polêmicas que estão sendo discutidas no governo contribuem para a crescente insatisfação popular. Esse cenário político, com a desaprovação avançando, sinaliza que 2025 será um ano desafiador para o presidente.
Opinião: A insatisfação crescente é refletida também nas mobilizações populares. No próximo dia 16 de março, o Brasil começará a se movimentar pelo “Fora Lula”, enquanto em Curitiba, todo dia 22 será marcado pelo “Fora Lula Day”. Esses protestos, aliados às assinaturas pelo impeachment, demonstram a intensidade do descontentamento popular. A pressão sobre o governo deve aumentar ao longo do ano, tornando o cenário político ainda mais volátil e desafiador.