Eduardo Bolsonaro se exila nos EUA e alerta governo Trump sobre perseguição do STF


Eduardo Bolsonaro decide permanecer nos EUA e reforça articulação com Governo Trump
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18) que permanecerá nos Estados Unidos por tempo indeterminado. Ele tomou essa decisão diante das ameaças de medidas judiciais do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Antes de definir sua permanência, Eduardo avaliou as implicações legais com advogados e discutiu a estratégia com a Casa Branca.
Apoio da Casa Branca e aproximação com conservadores americanos
Segundo o jornalista Paulo Figueiredo, que reside nos EUA e mantém conexões com o conservadorismo americano, a administração de Donald Trump foi informada sobre a permanência de Eduardo na semana passada. Fontes indicam que não houve objeção dos republicanos. O deputado mantém uma relação próxima com a família Trump, incluindo Donald Trump Jr.
Desde sua chegada, Eduardo tem se reunido com parlamentares conservadores e fortalecido laços com aliados de Trump. O objetivo é aumentar a pressão internacional contra as ações de Moraes, criticadas por conservadores brasileiros e estrangeiros.
Estratégia jurídica e articulação política
Eduardo também consultou advogados especializados em imigração e um criminalista brasileiro. Sua permanência nos EUA faz parte de um movimento maior dentro do conservadorismo global. O foco é denunciar abusos judiciais e fortalecer alianças entre Brasil e Estados Unidos sob a liderança de Trump.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o deputado declarou que sua ausência do Brasil será temporária. Segundo ele, retornará apenas quando “Moraes estiver devidamente punido por seus crimes e abuso de autoridade”. Com essa declaração, Eduardo busca mobilizar a base conservadora e ampliar a pressão sobre o STF.
Impacto na Câmara dos Deputados
Caso sua licença parlamentar ultrapasse 120 dias, o suplente Missionário José Olímpio assumirá temporariamente o cargo na Câmara dos Deputados. O prazo máximo permitido é de quatro meses. Se ultrapassado, o deputado pode perder o mandato.
Eduardo reafirmou seu compromisso com a luta contra a censura e pela defesa dos valores conservadores. “Se Alexandre de Moraes quer prender meu passaporte ou mesmo me prender para que eu não possa mais denunciar seus crimes nos EUA, então é justamente aqui que vou ficar e trabalhar mais do que nunca”, afirmou o parlamentar.
A decisão marca um novo capítulo na disputa entre setores conservadores e o Judiciário brasileiro. Nos EUA, Eduardo encontra apoio para reforçar alianças e ampliar a projeção internacional das denúncias contra Moraes e outros ministros do STF.