Janja representará Lula em Roma em reunião sobre combate à fome

A primeira-dama, Janja da Silva, estará em Roma entre os dias 9 e 13 de fevereiro para representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma reunião do conselho internacional da Aliança Global Contra a Fome. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, liderará a delegação brasileira.
A Aliança Global Contra a Fome foi uma iniciativa lançada pelo Brasil durante sua presidência do G20 no ano passado. O projeto conseguiu a adesão de 88 países, com foco em desenvolver ações para combater a fome em escala global. Por ter sido o país responsável pela criação da aliança, o governo brasileiro pretende ocupar a presidência do conselho, com Wellington Dias como candidato ao cargo. A Noruega também está entre os países que devem disputar a liderança.
De acordo com pessoas próximas ao governo, Janja desempenhou um papel central na concepção e no avanço da aliança. Ela foi descrita como uma “madrinha” do projeto, por ter trabalhado ativamente ao longo de 2024 na formatação do programa e no engajamento de outros países. Sua participação na reunião reflete o envolvimento direto com a iniciativa.
A ausência de Lula no evento foi atribuída à sua agenda interna. O presidente optou por priorizar compromissos no Brasil, delegando à primeira-dama e ao ministro a representação do país no encontro em Roma. A reunião é considerada estratégica para reforçar a presença brasileira em questões globais relacionadas ao combate à fome e à insegurança alimentar.
Opinião: Em um cenário de inflação alta, aumento constante dos preços e queda no poder de compra dos brasileiros, é preocupante que Lula e Janja priorizem agendas internacionais enquanto tantas famílias enfrentam dificuldades para colocar comida na mesa. Com um governo que impõe uma das maiores cargas tributárias do mundo, seria mais adequado concentrar esforços em resolver as necessidades urgentes da população brasileira. Essa desconexão entre as prioridades do governo e as demandas reais da sociedade explica, em grande parte, o crescimento acelerado da reprovação popular.